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Entrevista: All the Bangers


Entrevista na WEB

Site: All the Bangers
Entrevistador: Carlos "Caco" Garcia
URL Original: Interview Original morto
Espelho: 23*03*2008

Depois de ser apontado como uma boa revelação de nossa cena Metálica, o AMAZON(Renato - guitarras; Sabrina - vocais; Danilo - baixo e Marcos - bateria) passou por alguns probleminhas de gravadora e outros comuns na cena independente, lançaram pela Hellion o debut “Victoria Regia”, mostrando muita qualidade e feeling, recebendo boa resposta aqui e no exterior, como conta o guitarrista Renato Ângelo na entrevista abaixo, onde comentamos sobre os resultados alcançados, a produção do novo CD, que deverá estar nas lojas no final do ano, além do polêmico assunto da pirataria e até do programa “The Osbournes”! Confira a entrevista e não deixe de ver mais informações no site www.amazon.mus.br, inclusive a música em português “O Anjo”.

01. Tudo bem Renato, prazer em conversar com você novamente! Primeiramente, gostaria de saber a respeito a aceitação do CD “Victoria Regia”, por exemplo, vocês receberam boas resenhas pelo que pude acompanhar, o resultado foi o esperado, em termos de retorno, a distribuição do CD foi bem?
Renato: Olá Carlos! O resultado foi legal, foi bem legal. A Hellion fez um trabalho e tanto, e a distribuição foi muito bem feita tanto no Brasil quanto na Europa e Ásia.Vendemos praticamente tudo!

02. Ótimo. E na Europa, especificamente, como foram os resultados, já que lá é certamente um mercado muito importante para o Metal!
Renato: Na Europa rolou o seguinte, O CD vendeu bem também e recebemos diversos E - Mails de pessoas que compraram e gostaram, mas a crítica foi um pouco mais exigente e diz que apesar de a banda ser boa e tocar direitinho, não mostra nada de novo, e insistiram em dizer que a gente é gótico! Compararam a gente com diversas bandas góticas só porque o vocal é feminino!

03. Sim, só porque o vocal é feminino e teve todo esse movimento de bandas góticas/sinfônicas com vocal feminino, acabam vinculando, sem ouvir direito. O Amazon é Metal/Hard mesmo, inclusive a parte lírica também não tem a ver com os segmentos mais góticos!
Renato: Pois é! Aí já era! E quem já viu a banda ao vivo que sabe, nosso show é totalmente Metal tradicional/melódico!

04. E os elementos brasileiros contidos no “Victoria Regia”, tanto em algumas músicas, como na arte da capa, título do CD, e claro, o nome da banda, o pessoal de fora comentou a respeito?
Renato: Sim, eles deram uma boa dividida de opiniões. Alguns chamaram de "fórmula batida", outros disseram que ficou legal.

05. Sim, alguns são exigentes até demais nas críticas e é difícil mesmo fazer algo completamente novo, esses elementos regionais bem colocados funcionam legal, tipo o Orphaned Land, usou muito isso no “Mabool” e não chamaram de fórmula batida, depende de alguns críticos mesmo! Alguns, assim como os fãs, vão muito mais pelo gosto pessoal, então depende da pessoa que acaba pegando o CD para ouvir pode não gostar de certo estilo e....
Renato: É, na verdade, a crítica da mídia oficial falou bem. Mas eu acho que não adianta nada você ir só pela crítica da grande mídia, esses detalhes, essa crítica mais dura, são todos de críticos independentes, mas, sinceramente, estamos mais preocupados com essa crítica, que é muito mais próxima dos fãs, do que com as críticas das grandes revistas.

06. Sim, ás vezes alguns veículos recebem muito material e nem avaliam direito os CDs, como falamos, depende do gosto pessoal, muitas vezes vi muitos discos levarem 4 ou 5 de nota em uma publicação e levar 9 ou 10 em outras! Mas, como você disse o interessante é que a maioria aprovou, os fãs de Metal principalmente. E agora, falando sobre o novo trabalho, como está indo a produção?
Renato: É verdade. E sobre o novo CD, acabamos a pré - produção agora, começamos a tocar as músicas nos shows e estamos aguardando o sinal verde da gravadora para entrar em estúdio.

07. O que você tem sentido, quanto as novas músicas, uma continuidade do Victória Regia, em que aspectos você acha que o trabalho está diferente em relação ao primeiro?
Renato: Sim, inclusive a seqüência de uma das músicas do Victoria Regia vai sair nesse próximo trabalho. Estamos tentando buscar mais peso e um lado mais Metal do Amazon. Mais guitarras, mais "banda" mesmo.

08. E a produção? Será feita pela banda?
Renato: Ainda estamos decidindo quem vai produzir, mas queremos alguém de fora. Achamos que uma opinião externa é sempre importante, pois a visão é diferente.

09. Sim, ás vezes é legal e funciona, estava ouvindo o trabalho novo da Thram, produzido no Creative, ficou muito superior ao primeiro! Falando sobre a sonoridade do Amazon, o que você gostaria de mudar com relação ao próximo álbum, ou seja, adicionar novos elementos, etc? E como músico, você se sente realizado com a banda ou gostaria de , como eu citei, adicionar novos elementos, arriscar mais?
Renato: Como eu te disse, eu gostaria de obter um álbum mais pesado. As músicas novas remetem mais ao metal tradicional que estamos acostumados, com mais guitarra, baixo e bateria mesmo. Não pretendemos tirar nada do que foi feito no “Victoria Regia”, mas sim, acrescentar peso e continuar trabalhando na mesma linha.

10. Sobre as composições, você continua compondo a maioria das músicas para esse novo trabalho, como funciona dentro da banda a criação das canções? E a parte lírica também, fale para gente que temas vocês gostam de abordar, quem escreve as letras geralmente?
Renato: A idéia geral é sempre minha, mas como agora conseguimos montar um pequeno estúdio, estamos conseguindo trabalhar os detalhes juntos.Está acrescentando bastante, muitas idéias surgem quando a banda inteira está tocando junta. Quanto às letras, não estamos fazendo um álbum conceitual. Então é difícil dizer um tema específico. Tem um pouco de tudo. Tem "A melosa", "A nervosa", etc..., e quem escreve a maioria das letras é a Sabrina e o Danilo.

11. Você falou sobre uma música que terá sua continuação no novo trabalho, qual é?
Renato: Não posso falar, é segredo! HeheHe!

12. Legal, dava para fazer um concurso no site da banda, para o pessoal opinar! E os shows? Como foi a agenda da banda em 2006? Conseguiram levar o trabalho a um número satisfatório de pessoas, ou ainda continua complicado o cenário para as bandas aqui no Brasil? Qual a sua visão da cena atual?
Renato: Fizemos poucos shows em 2006, em virtude de estarmos trabalhando no CD. Mas os shows que fizemos tiveram uma boa audiência, então não temos muito do que reclamar. Acho que a cena atual não está muito diferente do que estava a 2 ou 3 anos atrás. A única diferença é que está cada vez mais difícil de vender CDs por causa da internet, mas isso é assim mesmo.

13. Esse assunto que falou é interessante, tem causado preocupação e polêmica, muitas bandas e selos têm feito campanhas, comentamos isso com o Dilpho(Silent Cry, que tem o selo Avernus), em entrevista recente. Por um lado a Net ajuda na divulgação, mas muita gente acaba só baixando os CDs e não comprando o que leva as gravadoras investirem menos. O preço do CD para o consumidor, ainda mais em um país como o nosso também não ajuda ás vezes. As independentes ainda disponibilizam a um preço legal, então a galera teria que apoiar mais. Qual sua opinião, alguma sugestão para minimizar esse problema, na sua visão como artista?
Renato: É verdade. Mas eu acho que não adianta a gente lutar contra o inevitável. A indústria fonográfica precisa se renovar e pronto. Sugestões... Nenhuma ainda. Se eu tivesse alguma, já tinha ficado rico....(risos). A pessoa que tiver a idéia está feita nesse mercado.

14. Realmente, HeheHe, para minimizar somente, algum diferencial, essas campanhas, embalagens e encartes legais, alguns extras como vídeos, ou brindes, além do preço, claro, que o fator que mais pesa, que motivem mais pessoas a adquirir o produto original. O fã de Metal geralmente é colecionador. Algumas bandas também estão já vendendo trabalhos exclusivamente pela Net.
Renato: A venda pela Net não resolve, porque um cara compra e os outros copiam. Só economiza o preço da prensagem do CD. Isso não deixa de quebrar as gravadoras, que são quem criam a infra - estrutura para a banda. Funcionaria mais mesmo para trabalhos independentes.Precisa - se de uma solução, isso é fato. E a cada trabalho, surgem novas perdas, o que significa menos investimento para os próximos álbuns.

15. É verdade. Vamos ver o que o futuro reserva! Muitos artistas acabam investindo em outros segmentos, merchandising, ou ganham mesmo é com os shows. E casos como o do Ozzy e agora o Gene Simmons também, com esses programas na TV? O Reality Show “The Osbournes”, que causou muita divisão entre as opiniões? O Kiss mesmo, não lança nada inédito há tempos, virou um negócio, uma marca!
Renato: Ah, quanto a investir em outras áreas, eu acho que isso é válido, contanto que fique claro que o cara mudou de área. Não dá para assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Se ele quer lançar um show na MTV, tudo bem. Mas são formas de arte diferentes, e que na minha opinião não devem ser misturadas. Eu acho que um músico deve vender música. Nunca vi um açougue vender móveis, entende? O que eu acho que seria complicado é o cara usar a imagem para vender CDs. Quando você compra um CD, você compra a música que tá nele, e não compra um CD porque X ou Y tá na capa. É uma questão de prioridades. Eu acho que existe, realmente, o lado do marketing e que tem que ser bem feito. Mas empurrar goela abaixo é que não pode.

16. Sim, quando algo acaba se destacando, muitos também tentam fazer a mesma coisa, como foi com a onda do Black Metal sinfônico, ou bandas góticas com voz feminina, ou metal melódico, acabam ficando só as que fazem um trabalho sério mesmo, espontâneo.
Renato: É verdade, mas a crítica demora a notar essa diferença, porque muitas vezes ela valoriza mais a imagem do que o trabalho em si.

17. Bom Renato, obrigado pela atenção, poderíamos ficar conversando horas sobre a banda e sobre os diversos assuntos que falamos, inclusive o problema da pirataria! Aguardamos então, para final do segundo semestre o novo trabalho! Fica o espaço para sua mensagem final!
Renato: Esperamos que o CD saia até o final do ano, e a mensagem é a de sempre: “Aumenta o som!”

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